O dólar operava em queda na manhã desta quarta-feira (4), em um dia de atenção dividida entre o cenário político interno e a tensão no mercado internacional. Às 9h51, a moeda norte-americana recuava 0,3%, cotada a R$ 5,618. Mais cedo, às 9h07, a cotação estava em R$ 5,623, com queda de 0,22%. A mínima do dia até o momento foi de R$ 5,611, enquanto a máxima chegou a R$ 5,638.
Na véspera, o dólar fechou em baixa de 0,7%, cotado a R$ 5,635. Com isso, a moeda acumula desvalorização de 1,45% em junho e de expressivos 8,81% no ano frente ao real.
Pesquisa Quaest e cenário doméstico
No Brasil, os investidores repercutem a nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta, que mostra um recorde de desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o levantamento, 57% dos brasileiros desaprovam a gestão petista, enquanto 40% aprovam. Trata-se dos piores números desde o início do atual mandato.
Apesar da queda na aprovação, os dados mostram estabilidade: em comparação à pesquisa anterior, a desaprovação oscilou de 56% para 57%, enquanto a aprovação caiu de 41% para 40%.
Em contrapartida, houve melhora na percepção da população sobre a economia. Caiu de 56% para 48% o número de brasileiros que enxergam uma piora no setor. Também recuou a sensação de alta nos preços de alimentos (de 88% para 79%) e de combustíveis (de 70% para 54%).
Mercado internacional em alerta
No cenário externo, as atenções se voltam para os Estados Unidos. O presidente norte-americano Donald Trump anunciou nesta quarta o aumento das tarifas de importação sobre aço e alumínio, medida que entra em vigor imediatamente e afeta diretamente o Brasil, um dos principais exportadores desses produtos para o mercado norte-americano.
A decisão de Trump elevou a cautela entre os investidores globais, que acompanham os desdobramentos da medida e seu impacto sobre o comércio internacional.
Ibovespa
As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), tiveram início às 10h. Na sessão anterior, o indicador fechou em alta de 0,56%, aos 137,5 mil pontos. Com isso, o índice acumula valorização de 0,38% no mês de junho e de 14,35% no ano.
O desempenho positivo da Bolsa e a queda do dólar indicam que, apesar da tensão política doméstica, os investidores seguem confiantes com os sinais de alívio na inflação e com o fluxo estrangeiro impulsionado pelo diferencial de juros.
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