O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou nesse sábado (7) que o programa Bolsa Família não deve ser afetado por eventuais medidas de compensação fiscal relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A declaração ocorre em meio à repercussão negativa sobre uma possível elevação do tributo proposta pelo Ministério da Fazenda.
“A princípio, não especificamente. O Ministério tem a meta de alcançar maior eficiência no Bolsa Família e no BPC [Benefício de Prestação Continuada], com o combate a fraudes e irregularidades”, disse o ministro ao ser questionado sobre a possibilidade de cortes no programa.

Wellington afirmou ainda que continuará investindo em ações de revisão cadastral, o chamado “pente-fino”, para garantir que os benefícios cheguem a quem realmente tem direito.
Haddad recua e busca alternativas
Diante da reação negativa do Congresso e da sociedade, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recuou da ideia de aumentar o IOF como forma de compensar perdas fiscais. Apesar do recuo, a medida continua gerando críticas entre parlamentares.
Neste domingo (8), Haddad tem encontro marcado com líderes partidários na Residência Oficial da Presidência da Câmara, às 18h, para apresentar propostas alternativas ao aumento do IOF. A reunião é parte de um acordo firmado com a cúpula do Congresso para evitar desgaste político e buscar soluções consensuais.
Resistência no Congresso
O aumento do IOF enfrentou forte resistência no Legislativo. Das 27 propostas apresentadas por deputados e senadores para barrar a medida, 24 partiram da Câmara dos Deputados e pedem a anulação da mudança.
Entre os críticos, está o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara.
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