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Internacional

EUA proíbem uso de critérios como etnia e gênero em processos seletivos

Agências federais foram instruídas a priorizar habilidades nas seleções para contratação.

O governo de Donald Trump determinou, na última quinta-feira (29), que as agências federais dos Estados Unidos deixem de utilizar critérios como etnia, gênero, religião ou nacionalidade nos processos de contratação. A nova diretriz consta em um memorando emitido pelo Escritório de Gestão de Pessoal (OPM), que orienta a adoção de práticas baseadas exclusivamente em mérito e competência.

Segundo o documento, o atual sistema de contratações públicas teria priorizado cotas e iniciativas de equidade, o que, segundo o governo, contribuiu para a seleção de profissionais "inaptos e não qualificados". “O sistema federal de contratação excessivamente complexo enfatizou as cotas discriminatórias de 'equidade'”, afirma o texto.

Batizado de Plano de Contratação por Mérito, o novo conjunto de regras determina que os processos seletivos se concentrem em avaliações técnicas relacionadas ao cargo, e que sejam eliminados requisitos considerados desnecessários, como diplomas universitários obrigatórios. A exigência é que os selecionados estejam dispostos a “servir fielmente o poder executivo”.

A medida, apoiada por setores conservadores e integrantes do Partido Republicano, também proíbe a divulgação de dados internos com base em raça, cor, religião ou gênero. “Um interesse afirmado em ‘diversidade’ ou ‘equidade’ não pode justificar a discriminação com base na raça, sexo, cor, religião ou origem”, afirma o memorando.

Além disso, o OPM critica a concentração de contratações em universidades de elite. A orientação agora é ampliar o recrutamento para outras instituições, como universidades estaduais, faculdades religiosas, comunitárias, escolas técnicas, organizações militares e grupos de ensino domiciliar.

A nova política marca uma mudança significativa em relação às iniciativas de diversidade adotadas em governos anteriores, especialmente durante a istração de Joe Biden, que buscava ampliar a representação de grupos historicamente excluídos da istração pública federal.

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