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Saúde

Novos estudos alertam para os riscos que adoçantes artificiais trazem à saúde

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso frequente desses produtos não é recomendado.

O consumo de adoçantes artificiais, utilizados para substituir o açúcar nas dietas, tem gerado diversos debates. Alguns estudos recentes indicam que o uso desses adoçantes pode não ser tão seguro quanto aparenta, embora os fabricantes promovam esses produtos como opções mais saudáveis e com menos calorias.

Uma pesquisa divulgada pela revista norte-americana Nature Metabolism, no início deste ano, revelou efeitos preocupantes no metabolismo e possíveis riscos à saúde associados ao consumo dessas substâncias.

Foto: Marcelo Camargo/ Agência BrasilAdoçantes
Adoçantes

O estudo foi conduzido por dez cientistas com 75 adultos e avaliou as consequências dos adoçantes na regulação do apetite. Segundo a pesquisa, observou-se que adoçantes artificiais como a sucralose podem aumentar o apetite.

Sucralose, sacarina, aspartame e ulfame de potássio, entre outros, são substâncias artificiais que conferem sabor doce a alimentos e bebidas, funcionando como alternativas ao açúcar.

Os participantes chegaram ao laboratório em jejum e consumiram 300 ml de uma das seguintes bebidas: água pura, água com 75 g de açúcar ou água com adoçante. Logo após a ingestão, foram submetidos à ressonância magnética funcional e a outras avaliações.

Após o consumo da bebida contendo sucralose, foi registrado um aumento na atividade do hipotálamo — região do cérebro responsável pelo controle do apetite e do metabolismo. Já a ingestão da bebida adoçada com açúcar natural resultou em uma diminuição da atividade do hipotálamo, indicando que o organismo reconheceu a ingestão calórica e reduziu o estímulo à fome.

Além disso, o estudo apontou alterações nas funções cognitivas de pessoas obesas, especialmente em mulheres. Diante desses dados, os cientistas concluíram que os adoçantes artificiais podem não ser uma solução eficaz para quem deseja controlar ou perder peso, já que podem estimular o aumento da ingestão alimentar.

Outros estudos, publicados nas revistas Cell Metabolism e Cleveland Clinic, também sugerem que aditivos sintéticos podem ter impactos negativos à saúde.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso frequente desses produtos não é recomendado, pois, em quantidades excessivas, pode contribuir para o desenvolvimento de condições como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

No Brasil, a OMS recomenda priorizar alimentos naturais, como frutas, legumes e verduras, além de reduzir o consumo de adoçantes artificiais. Mel, xarope de agave e açúcar de coco estão entre as alternativas mais populares ao açúcar refinado.

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